TEXTO BASE: II CORÍNTIOS 10:5-6 Paulo ao escrever para Timóteo em sua primeira epistola aconselha o seu colaborador que: Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também fostes chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas (I Timóteo 6:12). Este versículo nos fala que devemos agonizar (guerrear) a boa milícia, tomando posse da vida eterna que é o propósito de Deus para o homem: viver eternamente em adoração diante Dele. Muitos pensam que a vida cristã é um mar de rosas e uma vez convertido não haverá mais preocupações, dissabores, angustias e privações. Porém, não é isso que a Bíblia nos ensina, Cristo nos falou que no mundo teremos aflições, mas que devemos ter bom ânimo porque Ele venceu o mundo. Essas palavras ditas por Jesus Cristo reflete muito bem a guerra que o cristão terá enquanto estiver aqui nesta terra. A permanência do homem convertido na terra será cercada sempre de uma luta intensa que requer permanecer leal a Cristo e enfrentar as adversidades e os inimigos do evangelho com serenidade, ocupando a posição que Deus nos colocou como soldados. A guerra do cristão contra o mal inclui o alinhamento de todos os nossos pensamentos com a vontade de Cristo. Os nossos pensamentos devem ser coerentes com a vontade de Cristo, pois pensamentos contrários a santidade de Cristo nos levará ao pecado e a morte espiritual. Para isso o cristão recebe uma medida de fé necessária e suficiente para realizar sua tarefa e se não o faz é porque lhe falta conhecimento. De nada adianta orar pedido para Deus lhe dar fé, pois a fé não vem através da oração e sim do alimento da palavra de Deus. Deus conhece todos os nossos pensamentos. Somos responsáveis diante de Deus pelos nossos pensamentos da mesma forma que somos responsáveis por nossas palavras e ações. Nossa mente é um campo de batalha. Muitos dos nossos pensamentos provém de nós mesmos, e outros provém do inimigo. Paulo nos alerta que devemos destruir os conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus e levar cativo todo entendimento à obediência de Cristo. Procedendo desta forma, concentrando nossa mente nas coisas celestiais, deixando de lado as terrestres, estaremos participando de uma batalha espiritual com duas frentes distintas: a) a natureza pecaminosa humana que consiste em uma batalha contra o eu; b) contra as forças do mal (satânicas). Em qualquer uma destas situações devemos resistir e rejeitá-las em o Nome do Senhor Jesus Cristo. Resistindo, iremos permitir que a paz de Deus reine em nosso coração. Lembrando que Cristo já nos fez vencedores pelo seu sangue derramado no Calvário. Ele nos deu a vitória contra o diabo, contra as tentações, e contra o pecado. Essa vitória já é nossa e com o nosso testemunho dizemos um NÃO persistente aos nossos inimigos. Devemos firmar os nossos pensamentos em Cristo pois estamos na esfera da vida e da paz, isto é, na esfera de Cristo. Se nossos pensamentos forem firmados nas coisas terrenas passamos a viver na esfera da carne que é morte. A nossa mente deve ser cheia da Palavra de Deus que é verdadeiro, justo e de boa fama. A falta de conhecimento é o maior obstáculo que o cristão encontra em sua caminhada, é um obstáculo para o crescimento de nossa fé, é um obstáculo para compreendermos o que significa ser uma nova criatura. Devemos ter cuidado com aquilo que nossos olhos vêem e os nossos ouvidos ouvem, pois nossos olhos e ouvidos são instrumentos de concupiscência quando permitimos usá-los para coisas que desagradam a Deus. Os ouvidos provam as palavras assim como o paladar prova a comida. O que é direito devemos escolher para nós e conhecermos o que é bom e justo. Os olhos de Deus estão sobre os caminhos de cada um e Ele vê todos os nossos passos. Jamais devemos nos comparar com os padrões contemporâneos ou com a vida de pessoas à nossa volta, mesmo que elas sejam aos nossos olhos uma “benção”. Esses padrões não nos levam a lugar algum. O único padrão pelo qual nos devemos medir é o padrão revelado em Cristo. Cristo nos revela que devemos nos desviar daqueles que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendemos e nos alerta para sermos sábios no bem e simples no mal. Este princípio bíblico nos ensina que não devemos nos contaminar com o mal deste mundo. O conhecimento do mal e o convívio com ele nos desviará do caminho da fé e da obediência. (observem os exemplos dados pela mulher de Ló e por Salomão). As más conversões corrompem os bons costumes (1 Co 15:33). Cristo humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte. Ele deixou de lado a sua Glória, posição, riqueza, direitos e privilégios divinos. Ele aceitou o sofrimento, a incompreensão, os maus tratos, o ódio e até mesmo a morte de maldição na cruz para beneficio de nós. Essa mesma humildade de Cristo deve existir nos seus seguidores, aqueles que foram chamados para viver com sacrifícios e renúncias, cuidando dos outros e fazendo-lhes o bem. Cristo nos ensinou que devemos amamos uns aos outros como Ele nos amou. E para cumprirmos essa ordem os nossos passos não podem se desviar do Seu caminho e o nosso coração não pode seguir os nossos olhos e as nossa mãos não se apegarem a alguma coisa. Nos desviamos do caminho de Jesus quando andamos em vaidade e nossos pés se apressam para o engano. Quando o nosso coração se deixar seduzir por coisas profanas e passarmos a rondar a porta do próximo, desprezando os direitos alheios, retendo coisas que não nos pertencem ou deixando de cumprir com obrigações e não compartilharmos de misericórdia. Se Cristo se humilhou sendo Deus, porque então nós simples mortais não podemos nos humilhar? Ser humilde é sinônimo de obediência, é ter consciência de nossas fraquezas e atribuir a Deus os créditos por tudo que realizamos. Ser humilde é reconhecer que somos simples criaturas e dependemos de Deus em tudo e nada podemos realizar por nós mesmos. Deus resiste aos soberbos. Ser soberbo é confiar em demasia em nós próprios, é ser levado por uma auto estima julgando-se superior aos nossos semelhantes. Isto desagrada a Deus e nos afasta Dele e da salvação eterna. A salvação não depende de meros esforços humanos, mas sim da graça de Deus que nos é outorgada através do Espírito Santo. A obediência é a chave para conhecermos a Deus. Ele fez de Abrão um modelo de obediência que procede da fé. Esse exemplo deve ser seguido por nós. Sermos exemplo de fé e de obediência nos levará a participar das promessas de Deus. Essa obediência não pode ser realizada com astúcia e trapaça, mesmo que nossa intenção seja a melhor possível. Deus é justo e piedoso mas não tolera o pecado (veja os exemplos de Rebeca, Jacó, Isaque que usaram de artimanhas para alcançar vitórias e sofreram as conseqüências por seus atos). Deus nos fala que nos porá por cabeça e não por cauda e que estaremos em cima e não em baixo (Deuteronômio 28:13) se obedecermos aos seus mandamentos. A desobediência nos afasta de Deus, trazendo dores e angústias (O povo Judeu peregrinou quarenta anos no deserto por causa de sua desobediência). “Obedecer é melhor do que o sacrifício, e atender é melhor do que as gorduras de carneiros. A rebelião é como o pecado de feitiçaria” (Samuel 15:22-23). É impossível uma obediência sincera e verdadeira se Cristo não é o Senhor e Salvador de nossa vida. A fé que deixa de amar e obedecer a Cristo verdadeiramente também permite que não resistamos ao pecado e ao mundo. Cristo aprendeu pela experiência. O sofrimento é o preço que com freqüência se paga pela obediência a Deus quem vive num mundo corrupto. Vamos então aprender com Cristo. PREGAÇÃO FEITA NA
IGREJA FONTE DE ÁGUA VIVA
CASCAVEL - 14.11.1999
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CASCAVEL - 14.11.1999
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