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Depois de quase quatro anos sem nenhuma postagem (Precisamente 3 anos 9 meses e 18 dias), volto a ativa e Louvo a Deus por isso. Foi um período de tribulações, perdas materiais e muito planger. Porém, foi também um período de bençãos, quando ganhei mais três netos (um menino e duas meninas). É no deserto que podemos ter certeza que Deus jamais nos abandona (se fosse o contrário pereceríamos).

Um grande abraço!!!

Pastor Gilberto Pratas


O único caminho

O único caminho

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Pastor Gilberto Pratas: Àguas Amargas

TEXTO BASE: EXODO 15:22-25

Deus nos apresenta Israel como um espelho. Nos revela que as passagens no Velho Testamento são sombras das coisas futuras. É notório que o ser humano enxerga muito melhor as fraquezas e os defeitos na vida dos outros do que na sua própria vida.

No texto lido esta noite o povo Judeu ainda comemorava dançando e cantando a passagem pelo mar vermelho a seco e a vitória sobre Faraó, rei do Egito. Deus havia operado milagres, libertando-os da escravidão do Egito. Mas após três dias de viagem sem encontrar água o povo começou murmurar contra Moisés, pois haviam chegado a um lugar de muitas águas, mas as águas eram amargas, impróprias para o consumo. Eles perguntavam: “Que havemos de beber? Moisés então toma uma decisão: “E ele clamou ao Senhor, e o Senhor mostrou-lhe um lenho que lançou nas águas, e as águas se tornaram doces”.

Este lenho (madeira) aponta para Cristo Jesus que no Calvário entregou sua vida para que nós tivéssemos vida e vida com abundância. Assim como esse lenho tornou as águas amargas em doce e própria para o consumo, o madeiro foi a forma que Deus encontrou para mudar nossa vida. De ovelhas desgarradas, separadas da graça para filhos da luz.

Observamos que enquanto tudo esta bem eles cantavam, dançavam e comemoravam a vitória exaltando a Deus. Mas... Quando surgiram os primeiros contratempos eles mostraram que realmente eram. Quando as águas se tornam amarga em nossa vida a nossa fé é provada e temos a certeza se realmente somos ou não convertidos. É nos momentos de aflição que podemos por em pratica as lições de vida. É nestes momentos que a nossa Confiança em Deus é posta a prova.

Assim como aconteceu ao povo Judeu, nós poderemos viver situações que parecem nos levar a um deserto, e nesse deserto ficamos desesperados a procura de um oásis onde possamos encontrar um pouco de sombra que nos dê alivio do sol, água limpa e fresca que possa matar a nossa sede e nos dar força para continuar. Mas... Nem sempre o oásis que encontramos possui águas próprias para o consumo, como as de Mara.

Nestes momentos precisamos procurar forças para superar as adversidades, é preciso ir além daquilo que nossos olhos podem ver e que o nosso coração possa sentir. As decisões tomadas hoje será o fruto a ser colhido em nossa vida amanhã, pois esta decisão é a semente que plantamos e que será colhida no futuro.

Ao meditarmos nesta passagem encontramos três situações que podem modificar o nosso modo de viver: a murmuração, a incredulidade e a fé.

● A MURMURAÇÃO. Após o milagre da passagem do mar vermelho, após a euforia da vitória sobre o inimigo, o povo tinha de experimentar provações. Deus em sua infinita sabedoria sabia que Israel tinha que ser provado, pois a terra que mana leite e mel deveria ser conquistada. Bastou três dias de caminhada no deserto, sem água, para o povo se esquecer dos milagres do Egito, da milagrosa passagem pelo mar. É incrível como esquecemos as bênçãos recebidas com tanta facilidade. Três dias foram suficientes para que toda a multidão dos filhos de Israel murmurassem contra Moisés no deserto. Eles se esqueciam de que quando murmuravam contra o profeta estavam na realidade murmurando contra Deus.

Falamos acima que a murmuração pode modificar nosso modo de viver. De fato ela nos trará conseqüências das mais variadas, e entre elas podemos citar: torna as coisas amargas, reduz a expectativa de vida, cega, rouba a promessa, impede de caminhar, traz morte.

A murmuração torna as coisas amargas. Antes mesmo que Moisés pudesse tomar uma atitude o povo começou a reclamar. Tal atitude é comum ainda hoje, o povo hoje é igual a eles. A maioria das pessoas não espera Deus entrar com a providência e começamos a reclamar das circunstâncias adversas. Lembre-se que Deus pode restaurar sua vida, assim como Ele fez com o povo de Israel que após restaurar as águas amargas daquele lugar e saciar a sede do povo, Ele os levou Israel para um lugar de conforto onde as águas eram saudáveis e abundantes.

Quando as circunstância for adversa, amarga, não murmure, não reclame, se você quer que a situação mude, mude você de atitude, em vez de lamentar comece a clamar e logo Cristo provera a sua vitória.

A murmuração reduz a expectativa de vida. Homens que murmuram vivem em constante amargura, de mal com a vida, vivem irados, com raiva, de coração duro. Essa amargura constante consome suas energias. Tais pessoas são facilmente acometidas por enfermidades.

Murmurar impede você de caminhar. O povo de Israel ficou parado naquele lugar até que Deus deu a ordem para ele lançar na água aquela arvore. Essa árvore representa o madeiro do Calvário onde Cristo nos libertou dos laços do pecado e da morte. Assim como Cristo foi a Provisão de Deus para nossa Salvação também o contato daquela árvore com as águas amargas fizeram com que ela se tornasse doce instantaneamente. Deus não quer que fiquemos parados, Ele nos ordena que marchemos.

Murmurar te cega. Observe que a caminhada do povo até a terra prometida deveria ser feito em treze dias e acabou durando quarenta anos. Um caminho que era curto se estendeu por causa da murmuração. É necessário que aprendamos a calar a boca. Ou aprendemos a controlar nossa língua ou cavamos a nossa cova.

Murmurar traz morte. A bíblia relata que todos os que saíram do Egito morreram no deserto. Por causa da murmuração não viram os cumprimentos da promessa. Eles viram grandes milagres: o mar se abrir, viram o fogo que aquece de noite e a nuvem que protege do sol, mas não viram a terra que manava leite e mel, pois morreram no deserto. A nossa boca pode trazer morte ou decretar vida. Por nossas palavras liberamos paz ou terror. Precisamos entender que a murmuração nos paralisa, nos torna inapto enquanto que a gratidão nos leva a vitória.

● A INCREDULIDADE. Em Deuteronômio Moisés relata que aquele povo desde o principio têm sido rebelde, que eles nunca obedeceram ou creram na palavra de Deus. Jamais tinham se comprometido inteiramente com Deus. Essa incredulidade fazia com que murmurassem e é a raiz para muitos males. Além de irritar a Deus a incredulidade impede o livramento do domínio de Satanás.

Incredulidade irrita a Deus. O pecado da incredulidade irrita a Deus. Nesta passagem os judeus acusavam Deus de tê-los abandonado. Eles se esqueceram com facilidade de todos os milagres feitos por Ele. Precisamos crer que as nossas fontes podem ser restauradas. Ninguém cura aquilo que julga ser incurável. Se você quer uma transformação em sua vida tem de acreditar que isso seja possível e que poderá ser restaurado por Deus.

A Incredulidade impede livramento do domínio de Satanás. Toda vez que nos arrependemos do pecado cometido há perdão por parte de Deus. Ao sermos perdoados as portas de acesso ao Trono da Graça são abertas para nós. Quando pecamos nos afastamos de Deus, saímos de sua presença e abrimos portas para que o encardido atue em nossa vida. Se crermos que Deus é Fiel e pode nos perdoar, então cremos na verdade, confessamos nossos pecados e nos tornamos livres através de Cristo Jesus que nos reconcilia com o Pai. Quando a Palavra diz que o véu foi rasgado, ela quer dizer que o caminho de acesso para o trono de Deus foi aberto para nós através do Sangue de Jesus. A incredulidade (falta de fé) bloqueia e nos afasta da comunhão intima com o Pai e impede que Ele nos livre das garras do Diabo.

● A Fé. A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a confirmação de fatos que não se vêem. Lembre-se que Deus é suficiente para realizar milagres e transformar nossa vida, mesmo no deserto. Para que Ele realize um milagre em nossa vida é necessário que creiamos que isto pode acontecer.

No nosso dia a dia devemos tratar, curar, eliminar a fonte que gera circunstâncias adversas (águas amargas) e nunca suas conseqüências e esse tratamento devem sempre ser feito à luz da Palavra de Deus para que seja eficaz. É muito comum querermos resolver situações por nós mesmos, mas só teremos sucesso se as decisões tomadas foram acompanhadas da Palavra de Deus. Só ela pode mudar as fontes de nossa vida, transformando um coração de pedra em um coração submisso.

Por fim, a alma do ser humano esta cheia de amargura, ressentimento, falta de perdão, mágoa, angustia, tristeza. Muitos de nós carregamos fardos pesados que precisam ser retirados para que possamos viver verdadeiramente. Nosso coração não foi feito para armazenar água amarga e sim água doce que possa gerar viva. É preciso transformar essa fonte hoje cheia de todo tipo de entulho que nos prende a um deserto inóspito em um oásis de águas limpas. A enfermidade de nossa alma é responsável por essa prisão, pois estamos entrelaçados com decisões falhas. Deixemos de andar na carne (alma) e andemos no Espírito para sermos vitoriosos. Permita que tudo isto seja removido de seu interior.

Todos que, em sua aflição, vier até a cruz, experimentará ajuda abundante. Foi no madeiro que Cristo nos propiciou salvação. Libertou-nos do pecado e da morte. Esse é um convite que Ele nos faz para que nos abriguemos debaixo da cruz. Jesus transforma aquilo que é amargo em doce.


Amém.

 
PREGAÇÃO REALIZADA NA
IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR
JUVINÓPOLIS, 12.09.2011.

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