Seja Bem Vindo!!!

Paz seja Convosco!!!

Depois de quase quatro anos sem nenhuma postagem (Precisamente 3 anos 9 meses e 18 dias), volto a ativa e Louvo a Deus por isso. Foi um período de tribulações, perdas materiais e muito planger. Porém, foi também um período de bençãos, quando ganhei mais três netos (um menino e duas meninas). É no deserto que podemos ter certeza que Deus jamais nos abandona (se fosse o contrário pereceríamos).

Um grande abraço!!!

Pastor Gilberto Pratas


O único caminho

O único caminho

sábado, 12 de março de 2016

Saindo do Cativeiro

TEXTO BASE: SALMOS 68:6




A palavra cativeiro pode ser definida como sendo o estado ou tempo de cativo, privação da liberdade, pode ser o lugar onde alguém está cativo ou preso, a perda da liberdade, e ainda situação de clausura, Escravidão, jugo e servidão.

Muitas pessoas interpretam esta palavra de forma equivocada, dando ao termo 'escravo' uma conotação de vício ou dependência, como se a pessoa fosse obrigada a infringir as leis de Deus através de um impulso irresistível.

Embora sejamos livres, muitos de nós têm vivido uma vida de escravidão por não conhecer e não obedecer a Deus. O pecado tem escravizado o homem de geração em geração. A Bíblia sagrada nos diz em João 8:34 que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado.

Quando uma pessoa comete o pecado, é como se a mesma desse as chaves de sua 'casa' para um assaltante, o qual, voltará em momento oportuno para fazer refém o dono da casa. Este assaltante é o encardido, pois é ele o responsável pela maioria das desgraças - doenças, miséria, assaltos e toda espécie de crimes, desemprego, brigas entre pais e filhos, rompimentos de casais - que acontecem na vida das pessoas. 

Uma coisa é certa: todos nós somos tentados quando atraídos e engodados pela nossa própria concupiscência. Tiago está querendo dizer que nossa mente carnal é inimiga de Deus e isto inclui os desejos da velha natureza humana. Estes desejos podem nos levar a tentação. Isso não significa que a tentação nasce apenas como resultado dos desejos da velha natureza, nem significa que toda vez que alguém for tentado ele será necessariamente atraído e pecará. É evidente que Jesus Cristo em tudo foi tentado, mas sem pecado (Hebreus 4:15). Jesus foi tentado não porque ele tenha sido atraído pelos desejos da carne e sim o encardido tentou seduzi-lo. Mas ele nem foi seduzido, nem pecou, mas foi tentado em tudo. A tentação é sempre uma obra do tentador, o encardido, diabo, satanás ou qual seja o nome que você queira dar a ele. Ele irá obter o seu propósito, se estivermos atraídos, seduzidos pelos desejos do velho homem, se formos atrás desses desejos, cumpri-los, e pecarmos.

A mente humana é a sede do pensamento. Ela nos dá condições de pensar, imaginar, conhecer, lembrar e entender. Ela exerce um importante papel na vida humana uma vez que o pensamento influencia a ação.

Lembro-me agora da história do elefante acorrentado. O elefante durante o espetáculo faz demonstrações de peso, tamanho e força descomunal que ele tem, mas depois de sua apresentação e até pouco antes de voltar ao picadeiro, o elefante fica amarrado por uma das patas com uma corrente presa numa pequena estaca cravada no chão. A estaca é um minúsculo pedaço de madeira enterrado uns poucos centímetros no solo. E, embora a corrente fosse grossa e resistente, eu achava que era óbvio esse animal, capaz de arrancar uma árvore pela raiz com sua força, poder fugir facilmente, puxando a estaca do chão. 

O mistério é evidente: O que faz com que ele fique, então?     Por que não foge? Fiz muitas vezes esta indagação! Tive muitas respostas  sobre esse mistério do elefante. Um deles me explicou porque o elefante era adestrado.

Então, fiz uma pergunta óbvia: Se é adestrado, por que o acorrentam? Não me lembro de nenhuma resposta coerente.

Com o tempo, esqueci o mistério do elefante e da estaca... Há alguns anos conheci, felizmente, alguém que tinha sido sábio o bastante para encontrar uma resposta: O elefante do circo não foge porque sempre esteve preso a uma estaca parecida a essa desde que era muito, muito pequeno.

Fechei os olhos e imaginei o recém-nascido à estaca. Tenho certeza de que naquele momento o elefantinho empurrou, puxou e suou, procurando soltar-se. E, apesar de tanto esforço, não conseguiu. A estaca certamente era muito forte para ele.

Poderia jurar que ele dormiu, cansado, e que no dia seguinte tentou de novo, e também no dia seguinte, e no seguinte... Até que um dia, um terrível dia para a sua história, o animal aceitou sua impotência e resignou-se ao seu destino.

Esse enorme e poderoso elefante que vemos no circo não escapa porque acha – coitado – que NÃO PODE. Ele tem o registro e a lembrança da sua impotência, daquela impotência que sentiu logo depois de nascer. E o pior de tudo é que nunca mais voltou a questionar seriamente esse registro. Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino: ficar amarrado na estaca, balançando o corpo de lá para cá, eternamente, esperando a hora de entrar no espetáculo.

Então, aquele elefante enorme não se solta porque acredita que não pode. Para que ele consiga quebrar os grilhões é necessário que ocorra algo fora do comum, como um incêndio por exemplo. O medo do fogo faria com que o elefante em desespero quebrasse a corrente e fugisse.

Não é diferente com o ser humano. Vivemos acreditando em um montão de coisas “que não podemos ter”, “que não podemos ser”, “que não vamos conseguir", simplesmente porque, quando éramos crianças e inexperientes, algo não deu certo ou ouvimos tantos “nãos” que “a corrente da estaca” ficou gravada na nossa memória com tanta força que perdemos a criatividade e aceitamos o “sempre foi assim”.

Eu quero nesta noite lhes apresentar três passos para sair do cativeiro:

1. Reconhecer que é cativo.
O livro de Hebreus, diz que Jesus se fez homem "para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o diabo, e libertasse aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte" (Hb 2:14-15). Se você não se considerar preso e escravo da morte e do diabo não dará valor à libertação que Jesus oferece. Passarinho que nasce em gaiola não se considera preso, do mesmo modo como o pior cego é aquele que não quer ver.

2. Nos conscientizemos da obra de Cristo Jesus na cruz.
A obra de Cristo na cruz foi obra completa. Nela somos glorificados porque fomos justificados. Fomos justificados porque fomos chamados e fomos chamados porque éramos predestinados, ou seja, ninguém chega à igreja se Deus não o predestina. Ninguém é salvo e justificado pelo Sangue de Cristo, se não foi conhecido por Deus antes da fundação do mundo, de antemão. Portanto, não somos nós a decidirmos isto. Ele já decidiu por nós. Por isso é que Ele é soberano. Se Deus fosse um ídolo, se Deus fosse um Deus humano, Ele não podia decidir nada por nós, mas ele decidiu.

Pedro diz que nós somos eleitos segundo a presciência de Deus. A palavra presciência quer dizer que a nossa eleição foi uma decisão tomada por Deus, que é Soberano, ou seja, é preciso que nós possamos entender isto com clarividência porque se Deus nos conheceu de antemão e decidiu a nossa vida e nos predestinou, naturalmente, que nós teríamos que ser chamados, justificados e glorificados.  A obra de Deus é de Deus, não é do homem. 

Na cruz do Calvário Cristo completou nossa Insuficiência, Circuncidou nosso Interior, Conferiu para nós uma nova Identidade, Cancelou nossa Iniquidade e conquistou nosso Inimigo. Não pergunte primeiro o que você pode fazer por Cristo; pergunte o que Cristo fez por você.  Gratidão a Ele, e a vida dEle, sendo vivida em nós pelo Espírito, nos dá a motivação para o serviço cristão.  Tudo isso, por causa da obra de Cristo na cruz.

3. Decida tomar uma posição em Cristo.
Um dos maiores desafios que a igreja do Senhor enfrenta nos dias de hoje, é o de se posicionar verdadeiramente em Cristo Jesus, diante do mundanismo que tem entrado pelas portas da igreja, disfarçado de psicologia, de filosofia, de doutrinas humanistas e de muitas atividades e passatempos que são trazidos para dentro da igreja, e que de maneira sutil, vem roubando do povo de Deus o tempo de dedicação à oração. O mundanismo vem roubando a santidade em nome de uma falsa liberalidade, minando a fé do povo, trazendo a incredulidade e a apostasia, roubando a fidelidade a Palavra de Deus. Tirando a honra e Gloria de Deus e as transferindo aos homens.

Esquecem que Deus é Fiel e ainda é, hoje, o único que tem e pode fazer diferença em nossas vidas. Para encerrar quero lembrá-los de que: Há coisas que nunca mudam: o maligno, o invasor continua fazendo prisioneiros, continua roubando, matando e destruindo. 

A boa noticia é: Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e eternamente e ver para dar vida e vida em abundancia. Amém!
         



Pregação realizada na Igreja 
Fonte de Água Viva
Cascavel, 11.07.2004