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Depois de quase quatro anos sem nenhuma postagem (Precisamente 3 anos 9 meses e 18 dias), volto a ativa e Louvo a Deus por isso. Foi um período de tribulações, perdas materiais e muito planger. Porém, foi também um período de bençãos, quando ganhei mais três netos (um menino e duas meninas). É no deserto que podemos ter certeza que Deus jamais nos abandona (se fosse o contrário pereceríamos).

Um grande abraço!!!

Pastor Gilberto Pratas


O único caminho

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Pastor Gilberto Pratas: Adoração

TEXTO BASE: JOÃO 4

O que é adoração?

Em nossos dias as pessoas pensam que existem muitas maneiras de adorar e neste contexto classificam a adoração desde a tradicional até a mais moderna, da informal a formal, da carismática a enfadonha e tal classificação são muitas vezes avalizadas pelos responsáveis da Igreja. Tal gama de conceitos tem posto em desvirtuado o verdadeiro significado da palavra adoração. Neste breve estudo queremos deixar claro o que vem a ser adoração, independente da forma em que ela seja feita.
 
Podemos dizer que adoração é uma honra que se presta a Deus. Adorar significa prostrar-se, baixar-se, inclinar-se, como quando alguém se inclina em homenagem diante de um rei ou uma divindade.

Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim O adorem. Deus é Espírito, e importa que os que O adoram, O adorem em espírito e verdade. (Jo 4.23,24).

O verdadeiro caráter da adoração cristã não é um ritual, ou uma formalidade cerimonial. A adoração trata-se de uma harmonia com o um Deus que foi completamente revelado em Cristo Jesus. A adoração é algo que somente pode ser realizado por meio daqueles que nasceram de novo e receberam a nova vida, que a Bíblia chama Espírito.

O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. (Jo 3.6; Rm 8.16).

Ao olharmos para Jo 4:23-24 vemos que Deus procura pessoas que o adorem em espírito e em verdade. Isso nos leva a deduzir que existem dois tipos de adoração: em espírito e em verdade. Porém essa adoração é única, uma vez que andam sempre juntas. Jesus falou para a mulher samaritana que os verdadeiros adoradores adoram ao Pai em espírito e em verdade. A adoração em espírito é segundo o novo homem, e está em harmonia com o que Deus é.  A adoração espiritual deve ser acompanhada de uma vida repleta de pureza e que produz os frutos do Espírito.  Verdadeiros adoradores adoram o Pai em espírito, isto é, os verdadeiros servos servirão ao Pai com o interior da alma, isto é, por vontade própria e sem produzir aparências inúteis.

A adoração em espírito vai muito além de um cântico bem cantado, ou de uma aparência de santidade, ou mesmo uma concordância em observar as regras para a vida, ou um sentimento de bem estar. A adoração em espírito é um estilo de vida para com Deus, que deseja ser conforme o Seu Filho. Esse estilo de vida espiritual resulta em uma apresentação dos nossos corpos em sacrifício vivo para expressar pública e continuamente uma vida santa e agradável a Deus.

Adorar a Deus em verdade e servir ao Pai sem falsidade, sem hipocrisia e de coração puro, isto é, por entendimento e convicção e não por obrigatoriedade desta ou daquela tradição.

O homem, mesmo nascido de novo, apresenta duas naturezas (uma pecaminosa e uma santa). A influência que a natureza pecaminosa (carne) exerce no crente precisa ser sempre lembrada e combatida. Se não bastasse ao cristão ter uma luta contínua interior entre essas duas naturezas, temos ainda um inimigo exterior astuto, cheio de ardis, incansável, que arma lutas espirituais contra eles. Por isso, precisamos de um alicerce forte, que possa nos restabelecer nos conflitos espirituais. Esse alicerce é a Palavra de Deus que fornece o  equilíbrio que o cristão precisa.

A Palavra de Deus leva o cristão à imagem de Cristo para poder adorar em verdade. O cristão que adora em verdade conforma-se com Cristo, pois Cristo é a própria Verdade. A Palavra de Deus transforma-nos segundo a verdade que é Cristo Jesus.

Adorar é, como já falamos, um Tributo a Deus feito por pessoas simples de forma simples e sincera brotadas de sua alma, revelando a natureza de Cristo em sua vida. Por isso o homem natural, pecador não salvo, não pode adorar o Senhor verdadeiramente porque ele é morto espiritualmente.

Foi isso que Deus disse a Adão e a Eva no Jardim do Éden, se eles comessem do fruto proibido: eles morreriam espiritualmente, eles morreriam para Deus. Esta é a morte espiritual. Adão morreu espiritualmente e os filhos naturais de Adão são mortos para com as coisas de Deus. Portanto, diante de Deus, o pecador é filho da desobediência, inimigo de Deus e separado de Deus. O pecador vive segundo a sua natureza pecaminosa, se corrompe pelas concupiscências, ou os desejos carnais. Isso implica que o homem natural é corrompido esta separado de Deus, não agrada a Deus, pois não habita bem algum na carne.

Mesmo que o homem natural aparente bondade, se vista com religião e moralize suas ações diante dos homens, ainda assim não agrada Deus por não ser espiritual. Para exemplificar isso podemos citar um exemplo dado por Cristo em Mateus 21:17-19 que diz:

E, deixando-os, saiu da cidade para Betânia, e ali passou a noite, de manhã, voltando para a cidade, teve fome; E, avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela, e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! E a figueira secou imediatamente.

A Palavra de Deus em cada passagem sempre quer nos ensinar algo em suas entrelinhas (pano de fundo) e nesta passagem também existe um ensinamento mais profundo do que o simples milagre. Jesus teve fome, e ao avistar a figueira com folhas (normalmente ela não apresenta folhas) indicava que ela tinha frutos (a figueira quando apresenta folhas é por que ela esta dando frutos) e ao chegar lá Ele não encontrou nenhum fruto, isto é, a figueira não era aquilo que ela aparentava ser. Por isso é que ela foi amaldiçoada por aparentar ser o que não era. É isso que nesta passagem Cristo quer nos ensinar: ser aquilo que realmente somos e não aparentar o que não somos.

Portanto, não é pelo que aparentamos nem pela obediência cega que faremos a vontade do Pai. O verdadeiro adorador segue a orientação de Deus buscando uma conduta pura e irrepreensível independentemente dos costumes desta ou daquela Denominação.

Nunca podemos agir contrário aos ensinamentos de Cristo. Nossa adoração deve ser em espírito e em verdade, e Cristo é a verdade. Tudo que agrada a Deus deve ser em conformidade com Seu Filho. O verdadeiro cristão não se preocupa em produzir aparências. Veja os ensinamentos de Jesus Cristo: quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita; quando orardes, não sejais como os hipócritas; orando, não useis de vãs repetições; não almejais os primeiros lugares; não julgueis; etc...

O verdadeiro cristão não se preocupa em julgar, pois ele foi criado para adorar e não julgar mesmo porque  não temos a capacidade e a legitimidade de julgar e condenar esta ou aquela pessoa por não possuir a aparência cristã que nós esperávamos. É comum no meio cristão as pessoas julgarem quem vai para o céu e quem vai para o inferno, baseados na mera aparência externa. Não podemos esquecer que é pelo fruto que se conhece uma árvore, e não pela sua aparência.

Quais as atitudes de um verdadeiro adorador?

Um adorador verdadeiro é fiel a Deus em toda e qualquer circunstância. Em alegria e agradecimento como Ana mãe de Samuel; No perigo, como Sadraque, Mesaque e abede-Nego; Nas perseguições, como Daniel. Na necessidade, como Habacuque; Nas dificuldades, como Paulo.

Para o verdadeiro adorador não existe lugar predeterminado para adorar, não existe circunstância, não existe momento, não existe condição, o verdadeiro adorador tem sua vida em completa adoração a Deus. Onde quer que esteja estará em adoração, na tempestade, no deserto, na dor, na angústia, na tribulação, na perseguição... Em quaisquer circunstâncias, estará permanentemente sendo fiel ao Senhor, seu coração jamais se apartará da adoração a Deus. Não depende de instrumentos de sopro, de corda, de percussão, de teclas,... O verdadeiro adorador adora a Deus com o seu corpo com o seu coração, com o seu entendimento, com a sua alma.

O verdadeiro adorador não depende de música ou de uma multidão, mas adora até em silêncio, sozinho. O verdadeiro adorador adora em espírito e em verdade.

Quem são os verdadeiros adoradores?

● Os Verdadeiros Adoradores são Aqueles que Conhecem a Deus e são Conhecidos por Deus.
● Os Verdadeiros Adoradores Adoram em Espírito e Em Verdade.
● Os verdadeiros adoradores tem uma vida de oração.
● Um verdadeiro adorador tem uma vida de testemunho que alegra ao Senhor.
● Os verdadeiros adoradores tocam o coração de Deus com sua adoração.
● Um verdadeiro adorador é conhecedor da palavra do Senhor.
● Um verdadeiro adorador sempre busca a excelência na adoração.
● Os verdadeiros adoradores abandonam o pecado.
● Os verdadeiros adoradores amam.
● O verdadeiro adorador nunca sai da presença de Deus do jeito que entrou.
● O verdadeiro adorador crê em Cristo Jesus de todo o seu coração. O leproso curado por Jesus não perguntou se Jesus podia curá-lo. Isso já estava resolvido em seu coração. Ele sabia que Jesus podia curá-lo (ele só não sabia se Jesus queria curá-lo).
● O verdadeiro adorador é humilde. O leproso não chegou exigindo nada. Colocou-se na absoluta dependência da vontade de Jesus: Se quiseres, bem podes tornar-me limpo!
● O verdadeiro adorador não consegue ficar calado. Mesmo Jesus tendo instruído o leproso a não falar nada do milagre (pois, naquele momento do seu ministério, Jesus não queria este tipo de divulgação), ele não conseguiu se segurar.
● Ser um verdadeiro adorador é colocar Deus a cima de todas as coisas, colocar Deus a cima de nossas cabeças. Como o segundo mandamento é semelhante ao primeiro, precisamos colocar o próximo acima de nossas cabeças. Exemplos: - perdoar aqueles que nos trai. - tratar com carinho aqueles que nos ofende. - amar aos nossos inimigos.
● Adorar desejando estar no centro da vontade de Deus. Estar no centro da vontade de Deus é declarar que Ele tem controle total de sua vida e que estamos dispostos a ser quebrado a cada dia, reconhecendo a necessidade de ser guiado pelo Santo Espírito de Deus. Como o vaso, que ele fazia de barro, se quebrou na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos fazer (Jeremias 18,4).
● Não desejar Glória para si e nem posição de destaque. O único que deve brilhar é a Estrela de Davi (Jesus Cristo). Faz das palavras de João Batista as suas: È necessário que Ele cresça e que eu diminua(João 3:30)".
● Um verdadeiro adorador reconhece a Grandeza e a Soberania de Deus, percebendo assim o quanto são dependentes D’Ele.

O Chamado e a Revelação de Deus são Pessoais. Deus procura aqueles que o adorem desta maneira: em espírito e em verdade. Na Conversa com a mulher samaritana Jesus se revela para aquela mulher como a água viva. Ela não entende nada, mas pede que Ele lhe dê dessa água para que não precise mais buscá-la. Ela não vê a parte espiritual está preocupada apenas com o material.

Mas é desejo de Cristo se revelar para ela, é preciso que ela entenda e para isso Ele toca na sua vida pessoal: Vai, chama teu marido e vem aqui. Com isso ele confronta o coração daquela pecadora. As verdades de Deus são maravilhosas, mas se elas não passarem de simples palavras se não tocarem o nosso coração.

Cristo foi no ponto crucial: confrontou a vida de pecado daquela mulher. Ele mostrou a necessidade dela de um Salvador. Jesus não estava julgando ela por seus pecados. O maior problema dessa mulher não era a prostituição em sua vida. Jesus em nenhum momento falou que se a mulher deixasse a sua vida de prostituição tudo ficaria bem. Cristo estava se revelando a ela. Era necessário que ela sofresse uma mudança interna – em seu coração.

É o coração que deve ser mudado e não apenas o exterior, porque é dele que procede as fontes da vida (Pv 4:23). É o coração que é enganoso e desesperadamente corrupto (Jr 17:9). E é dele que procedem todos os pecados exteriores e interiores dos seres humanos (Mt 15:9 e Mc 7:21).

O que fazemos revela o que somos.

Nossos atos revelam o nosso interior. O que fazemos exteriormente expõe o estado do nosso coração.

Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente, Este receberá a bênção do Senhor e a justiça do Deus da sua salvação. Esta é a geração daqueles que buscam, daqueles que buscam a tua face, ó Deus de Jacob (Sl 24:3-6).

A religiosidade do engano.

Ser religioso nos leva a acreditar que podemos enganar a Deus. Quando enganamos alguém com mentiras, não estamos mentindo somente para esta pessoa estamos mentindo para Deus. Para os fariseus religiosos da época era, e mesmo hoje, a tendência da religião é julgar apenas os pecados exteriores. Mas não é assim com o nosso Senhor.

O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para o outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro (Efésios 4:14).

Ele quer se revelar a nós e desvendar o nosso interior para nós mesmos. Ele deseja prosseguir nessa revelação. Ele tem muito para nos mostrar! Seu propósito e missão é fazer-nos adoradores do Pai. Mas, o prosseguimento do Seu trabalho em nós vai depender da nossa resposta à Sua revelação inicial.


Amém.


Estudo realizado com o corpo diaconal da 17ª IEQ Cascavel
Cascavel-Pr.05.02.2012

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